O caso de Ângela Diniz, socialite assassinada em 1976, volta à tona com a estreia da minissérie documental "Ângela Diniz: assassinada e condenada" na HBO Max. A produção, dividida em seis episódios, mergulha na vida e morte da mulher que desafiou os padrões da época e se tornou um símbolo trágico da impunidade em casos de feminicídio no Brasil.
Quem foi Ângela Diniz?
Ângela Maria Fernandes Diniz, nascida em Curvelo (MG), foi uma figura emblemática. Casada aos 18 anos com o engenheiro Milton Villas Boas, com quem teve três filhos, sua separação causou grande impacto, principalmente porque o divórcio ainda não era legalizado no Brasil naquele período. Após a separação, Ângela se mudou para o Rio de Janeiro, onde viveu de forma independente, frequentando ambientes boêmios e cultivando amizades diversas.
O Assassinato na Praia dos Ossos
Em 1976, Ângela iniciou um relacionamento com o empresário Raul Fernando do Amaral Street, conhecido como Doca Street. O romance, marcado por ciúmes e violência, teve um final trágico. No dia 30 de dezembro, durante uma discussão na casa de praia de Ângela, na Praia dos Ossos, em Búzios, Doca Street assassinou a socialite com quatro tiros. A defesa de Doca Street, no julgamento, alegou "legítima defesa da honra", uma estratégia que chocou o país.
A Minissérie da HBO Max
A minissérie, baseada no podcast "Praia dos Ossos", da Rádio Novelo, é dirigida por Andrucha Waddington e conta com Marjorie Estiano no papel de Ângela Diniz e Emílio Dantas como Doca Street. O elenco também inclui nomes como Antônio Fagundes, Thiago Lacerda, Camila Márdila e Yara de Novaes. A produção promete revisitar a história de Ângela Diniz sob uma nova perspectiva, expondo a impunidade que marcou o caso e reacendendo o debate sobre feminicídio e violência contra a mulher no Brasil.
- Marjorie Estiano como Ângela Diniz
- Emílio Dantas como Doca Street
- Baseada no podcast "Praia dos Ossos"