Drex: O Futuro Digital Adiado? Entenda as Mudanças Chocantes!
O projeto Drex, a moeda digital do Banco Central do Brasil, tem passado por transformações significativas, gerando debates sobre o futuro da tecnologia financeira no país. Inicialmente apresentado como uma CBDC (Central Bank Digital Currency) inovadora, o Drex tem enfrentado desafios que levaram a mudanças em sua abordagem tecnológica.
Recuo da Tecnologia DLT
Uma das principais mudanças é o abandono da tecnologia DLT (Distributed Ledger Technology), como o blockchain, na próxima fase do projeto. Segundo Vanessa Butalla, diretora jurídica do Grupo 2TM/MB, essa decisão é compreensível devido à dificuldade de implementar o nível de controle e visibilidade desejado pelo Banco Central em uma rede descentralizada.
O Banco Central busca uma estrutura que permita o controle e a supervisão de todas as transações, o que se mostrou um desafio complexo em um ambiente DLT. A preocupação com a privacidade também é um fator importante, com o BC buscando uma solução que oculte as transações de participantes não diretamente envolvidos, mantendo a visibilidade para a própria autoridade monetária.
Alternativas e o Futuro do Drex
Apesar do recuo na tecnologia DLT, o Banco Central continua comprometido com o projeto Drex, buscando alternativas para superar os desafios técnicos e de privacidade. A expectativa é que o Drex evolua gradualmente, com a implementação de tecnologias mais seguras em um primeiro momento, para depois incorporar recursos mais avançados.
O Papel do Mercado Bitcoin
O Mercado Bitcoin (MB) continua sendo um dos 16 consórcios que trabalham no desenvolvimento do Drex. A empresa entregou todos os casos de uso nos quais participou no piloto do Drex e segue apostando em uma agenda evolutiva.
Críticas e Incoerências
Apesar do otimismo de alguns, o projeto Drex tem sido alvo de críticas. Alguns especialistas argumentam que as mudanças constantes na narrativa e na tecnologia demonstram uma falta de clareza sobre o que o Drex realmente é ou pretende ser. A decisão de não utilizar blockchain na primeira versão, por exemplo, foi vista como um retrocesso por alguns.
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, justificou a decisão com base em desafios técnicos e preocupações com a privacidade, mas o resultado prático é um adiamento do projeto, agora previsto para 2026, com funções limitadas a tarefas burocráticas.
Em resumo, o futuro do Drex ainda é incerto. O projeto enfrenta desafios técnicos, regulatórios e de privacidade que precisam ser superados para que a moeda digital do Brasil se torne uma realidade.