Júri do Caso Zaira é Cancelado Após Abandono da Defesa em Natal
Colaboradores
O júri popular do sargento da Polícia Militar Pedro Inácio Araújo, acusado de estupro e assassinato da universitária Zaira Cruz, foi abruptamente cancelado nesta terça-feira no Fórum Miguel Seabra Fagundes, em Natal. A decisão ocorreu após a defesa do réu abandonar o plenário, alegando cerceamento de defesa.
Segundo o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), a saída da defesa resultou na dissolução do Conselho de Sentença, forçando o adiamento do julgamento. A 2ª Vara Criminal de Natal deverá agora reagendar uma nova sessão para ainda este ano, buscando dar andamento ao complexo caso.
Detalhes do Caso Zaira e o Julgamento Interrompido
O julgamento do Caso Zaira, que se iniciou na segunda-feira, estava ocorrendo a portas fechadas. Zaira Cruz foi brutalmente assassinada em 2 de março de 2019, durante o carnaval em Caicó. Pedro Inácio Araújo, o sargento da PM, é o principal e único acusado do crime.
A defesa justificou o abandono da sessão alegando que o presidente da sessão indeferiu perguntas consideradas cruciais para a sua tese. O Ministério Público, por sua vez, argumentou que as perguntas em questão poderiam ferir a dignidade da vítima, o que foi acatado pelo magistrado.
Próximos Passos e Implicações
Após o cancelamento, o Ministério Público solicitou um levantamento dos custos da realização do julgamento, visando a um possível pedido de ressarcimento por parte da defesa do réu. Atualmente, o caso permanece sob segredo de justiça.
- Julgamento interrompido por abandono da defesa.
- Nova data de julgamento será agendada.
- Discussão sobre o ressarcimento dos custos do julgamento.
O julgamento tinha uma previsão inicial de duração de uma semana, com a expectativa de ouvir até 22 testemunhas. O desfecho agora é incerto, mas a justiça potiguar busca uma solução para dar continuidade ao caso Zaira.