Eleições Judiciais no México: Baixa Participação e Controle Governamental

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As primeiras eleições para o Judiciário no México registraram baixa participação, levantando questões sobre a legitimidade do processo. Apenas cerca de 13% dos eleitores compareceram às urnas no domingo (1º) para escolher 2.681 cargos públicos federais, incluindo nove ministros da Suprema Corte. Esse número contrasta com os 60% de participação nas eleições presidenciais de 2024, e os picos históricos de 77,2% e 64% em 1994 e 2000, respectivamente.

Oposição Contesta Resultados

A baixa adesão popular levou a oposição ao governo de Claudia Sheinbaum a questionar a validade da eleição. Apesar disso, o INE (Instituto Nacional Eleitoral) informou que a abertura das seções eleitorais ocorreu sem grandes problemas.

Panorama da Apuração

Até terça-feira (3), 93,5% dos votos para os cargos da Suprema Corte haviam sido apurados. Hugo Aguilar, defensor dos direitos indígenas, lidera a disputa pela presidência do Supremo, seguido por Lenia Batres, aliada do partido governista Morena. A divulgação completa dos resultados está prevista para o dia 12.

Suprema Corte Alinhada ao Governo?

As eleições judiciais podem resultar em uma Suprema Corte alinhada ao governo, com a maioria dos novos ministros tendo fortes vínculos com o partido Morena. Especialistas alertam que essa mudança pode comprometer o equilíbrio de poder no país, já que o partido governista já controla o Legislativo e grande parte das governadorias.

  • A eleição direta de juízes é uma reforma polêmica.
  • O controle da Suprema Corte pelo partido governista preocupa especialistas.
  • A baixa participação levanta dúvidas sobre a legitimidade das eleições.

Georgina De la Fuente, especialista eleitoral, expressou preocupação com a concentração de poder nas mãos de um único partido. A nomeação de ministros ligados ao ex-presidente Andrés Manuel López Obrador também reforça essa preocupação.