Erro do Piloto Desvia Boeing 777 da Air New Zealand da Pista
Colaboradores
Um Boeing 777-300ER da Air New Zealand (NZ) desviou da pista durante o pouso no Aeroporto Internacional de Auckland (AKL) em 27 de janeiro de 2023, atingindo várias luzes de borda da pista. Uma investigação da Comissão de Investigação de Acidentes de Transporte da Nova Zelândia concluiu que o erro do piloto foi a causa principal do incidente. O voo, proveniente de Melbourne (MEL), transportava 271 passageiros e 16 tripulantes.
As condições climáticas eram desafiadoras, com chuva forte e ventos cruzados variáveis, complicando a aproximação à pista 05R. O sistema de piloto automático do Boeing 777 operou no modo de alinhamento com a pista durante toda a fase de aproximação, compensando automaticamente as condições de vento cruzado. O sistema aplicou comandos de aileron esquerdo e leme direito a partir de 500 pés acima do solo para combater o vento cruzado da esquerda e manter a aeronave alinhada com o centro da pista.
Os procedimentos operacionais padrão da Air New Zealand recomendam que os pilotos desativem o piloto automático entre 300 e 600 pés acima do solo, permitindo tempo suficiente para estabelecer o controle manual antes da manobra de arremetida. No entanto, o capitão se desviou desse procedimento, mantendo o piloto automático ativado até a aeronave atingir apenas 67 pés acima do solo.
A investigação revelou que o capitão não conseguiu compensar a resposta do sistema de controle da aeronave após desativar o piloto automático tardiamente. Isso resultou em uma correção abrupta e excessiva, levando ao desvio da pista. O incidente destaca a importância crucial de aderir aos procedimentos operacionais padrão e da transição suave para o controle manual em condições climáticas desafiadoras.
Implicações para a Segurança Aérea
Este incidente serve como um lembrete importante sobre a necessidade de treinamento contínuo e foco na proficiência do piloto. A compreensão da resposta da aeronave a diferentes entradas de controle e a capacidade de adaptar-se a condições variáveis são essenciais para garantir a segurança dos voos. As companhias aéreas devem reforçar a importância do cumprimento dos procedimentos operacionais padrão e fornecer treinamento adequado para lidar com situações inesperadas durante o pouso.