Um trágico acidente em uma academia de Olinda, Pernambuco, resultou na morte de Ronald José Salvador, de 55 anos. Ele foi atingido por uma barra de ferro enquanto praticava supino na última terça-feira (2). Ronald chegou a ser socorrido e levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu no dia seguinte.
O que aconteceu?
Segundo relatos, Ronald estava realizando o exercício de supino quando a barra, carregada com anilhas, escapou e o atingiu no tórax. As causas exatas da morte ainda estão sendo investigadas pela Polícia Civil de Pernambuco, que apura se houve negligência, imprudência ou imperícia.
Em entrevista à CNN Brasil, o cardiologista eletrofisiologista Bruno Valdigem, do Einstein Hospital Israelita e do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, explicou que, em casos de trauma torácico como este, diversas possibilidades podem ter levado ao óbito:
- Fratura nas costelas: O impacto da barra pode ter causado fraturas, dificultando a atividade pulmonar.
- Pneumotórax hipertensivo: A pancada pode ter provocado a entrada de ar em volta dos pulmões.
A 'Pegada Suicida': Um Risco Ignorado?
Especialistas apontam que a forma como o exercício era realizado pode ter contribuído para o acidente. A chamada "pegada suicida", onde o polegar não envolve a barra, aumenta o risco de que ela escape. O professor Junior Jocas, do Conselho Federal de Educação Física (Confef), alerta que essa pegada é desencorajada para o público em geral e utilizada apenas por atletas altamente treinados.
Além da pegada inadequada, a falta de orientação e suporte profissional durante o exercício também pode ter sido um fator crucial no acidente. A perícia irá determinar se a academia cumpriu com todas as normas de segurança e se havia um profissional qualificado para supervisionar o treino.
Este trágico incidente serve como um alerta sobre a importância da segurança e da supervisão adequada durante a prática de exercícios físicos. É fundamental buscar orientação profissional e seguir as técnicas corretas para evitar acidentes graves.