A Casa Branca se distanciou do Secretário de Defesa Pete Hegseth em relação a um segundo ataque a um suposto barco de drogas venezuelano no Caribe. A polêmica surgiu após relatos de que um comandante da Marinha dos EUA ordenou uma segunda rodada de ataques em 2 de setembro, supostamente para eliminar sobreviventes do ataque inicial.
Acusações de Crime de Guerra
O Washington Post noticiou que o segundo ataque foi ordenado para eliminar dois sobreviventes do ataque inicial e para cumprir uma ordem de Hegseth de que todos fossem mortos. Essas alegações levantaram acusações de que o Secretário de Defesa teria ordenado um crime de guerra.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que Hegseth autorizou os ataques, mas não deu uma ordem para “matar todos”, como relatado. Ela defendeu que o Almirante Bradley, que conduziu os ataques, agiu dentro de sua autoridade e da lei, garantindo que o barco fosse destruído e a ameaça aos Estados Unidos eliminada.
Defesa da Casa Branca
Questionada sobre como o ataque não configurava um crime de guerra, Leavitt reiterou que a ação foi “conduzida em águas internacionais e de acordo com a lei dos conflitos armados”. O vice-almirante da Marinha dos EUA, Frank Bradley, que era comandante do Comando de Operações Especiais Conjuntas na época do ataque, fornecerá um briefing classificado aos legisladores.
Hegseth expressou seu apoio a Bradley em uma postagem nas redes sociais, afirmando que a decisão foi tomada pelo comandante, e não por ele.
Controvérsia e Implicações
O caso gerou grande controvérsia, com legisladores de ambos os lados questionando a legalidade dos ataques, especialmente o segundo ataque que visava os sobreviventes. Sarah Harrison, ex-conselheira geral associada do Pentágono, declarou que matar sobreviventes de um naufrágio é frequentemente tratado como um exemplo arquetípico de uma ordem ilegal e um crime de guerra.
A administração Trump inicialmente criticou os relatos, mas a secretária de imprensa da Casa Branca confirmou os ataques subsequentes, aumentando o escrutínio sobre a legalidade das ações militares no Caribe.
Pontos Chave da Controvérsia:
- Alegações de ordem ilegal para matar todos a bordo.
- Questionamentos sobre a legalidade do segundo ataque.
- Debate sobre a aplicação da lei dos conflitos armados.
- Briefing classificado para legisladores.