A Polícia Federal deflagrou uma operação que investiga um suposto esquema de fraudes no Ministério da Educação (MEC), e o nome da ex-nora do presidente Lula, Carla Ariane Trindade, surgiu nas investigações. A operação, batizada de Coffee Break, apura se Carla Ariane Trindade teria usado sua influência para liberar recursos do MEC para empresas sob investigação por fraudes em licitações.
Detalhes da Investigação
Segundo a PF, Carla Ariane Trindade, ex-esposa de Marcos Cláudio Lula da Silva (filho do presidente Lula), teria recebido propina de um empresário, André Gonçalves Mariano, dono da Life Tecnologia. A Life Tecnologia é suspeita de vender materiais escolares superfaturados para pelo menos três prefeituras no interior de São Paulo. A PF alega que a empresa pagou propina para lobistas e funcionários públicos para facilitar licitações e repasses de dinheiro.
A investigação começou com a apuração de irregularidades em compras públicas de kits de robótica e livros didáticos no município de Sumaré (SP). A empresa Life Tecnologia Educacional recebeu cerca de R$ 52 milhões do Fundeb para fornecer os materiais. A PF alega que a empresa não tem porte para o volume financeiro dos contratos e que há superfaturamento nos materiais fornecidos, comprando livros por valores entre R$ 1 e R$ 5.
O que diz a defesa?
O Poder360 tentou contato com a defesa de Carla Ariane Trindade, mas não obteve sucesso. O espaço permanece aberto para manifestação.
Este caso levanta questões importantes sobre a integridade dos processos de licitação e a fiscalização do uso de recursos públicos. As investigações continuam para apurar a extensão do esquema e a responsabilidade de cada envolvido.