O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está no centro das atenções após a relatora, Ministra Isabel Gallotti, votar pela cassação do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e do presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar. A decisão, baseada em alegações de abuso de poder político e econômico durante as eleições de 2022, abriu um intenso debate jurídico e político no estado.
Entenda a Acusação Contra Cláudio Castro
Cláudio Castro é acusado de utilizar a Fundação Ceperj e a Uerj para a contratação de cabos eleitorais, configurando abuso de poder político e econômico. A ministra Gallotti destacou a gravidade do caso, apontando para um "conjunto de circunstâncias extremamente grave" que revela um esquema elaborado para influenciar as eleições.
O Voto da Relatora e a Interrupção do Julgamento
O voto da Ministra Isabel Gallotti determinou a cassação e inelegibilidade de Cláudio Castro, além da realização de eleições suplementares e retotalização dos votos para deputado estadual. No entanto, o julgamento foi interrompido após um pedido de vista do ministro Antôno Carlos, adiando a decisão final.
Gastos Irregulares e o Parecer do MPE
O Ministério Público Eleitoral (MPE) também se manifestou pela cassação dos diplomas de Castro e aliados, além de multa aos investigados. O MPE aponta para um gasto de R$ 519,8 milhões em contratações irregulares no primeiro semestre de 2022, através da Fundação Ceperj e da Uerj, um valor que supera em quase 30 vezes o teto de gastos de campanha de Castro.
Ainda não há data definida para a retomada do julgamento no TSE. A expectativa é que o caso volte à pauta nas próximas semanas, onde os demais ministros apresentarão seus votos. O futuro político de Cláudio Castro e Rodrigo Bacellar está agora nas mãos do TSE, e o desfecho deste caso terá um impacto significativo no cenário político do Rio de Janeiro.