A situação no Sudão atingiu um novo patamar de horror. Um ataque devastador ao último hospital em funcionamento na cidade de al-Fashir resultou na morte de mais de 460 pessoas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e autoridades sudanesas. O incidente, amplamente condenado, expõe a brutalidade do conflito em curso e a fragilidade da vida civil.
O Ataque ao Hospital e suas Consequências
Segundo relatos de médicos e ativistas, o Hospital Saudita de al-Fashir foi invadido pela força paramilitar RSF, que tomou a cidade recentemente. A RSF nega as acusações, alegando que todos os hospitais de al-Fashir foram abandonados. No entanto, a OMS confirmou o sequestro de quatro médicos, uma enfermeira e um farmacêutico do hospital saudita.
A OMS expressou sua indignação em um comunicado, condenando o assassinato de pacientes e seus acompanhantes, bem como o sequestro dos profissionais de saúde. O governador do estado de Darfur, Minni Minawi, também confirmou o alto número de mortos no ataque ao hospital.
Fuga em Massa e Crise Humanitária
A violência em Al-Fashir provocou um êxodo em massa. A ONU estima que mais de 36 mil sudaneses foram deslocados da cidade apenas nesta semana. Trabalhadores humanitários relatam que mulheres e crianças chegam em estado de extremo esgotamento à cidade vizinha de Tawila, que enfrenta uma situação humanitária crítica.
Reações Internacionais
A União Europeia classificou o massacre como um "horror" e afirmou que a dimensão da tragédia é visível até do espaço. A comissária para Ajuda Humanitária e Gestão de Crises da UE, Hadja Lahbib, apelou para que o mundo não feche os olhos para o que está acontecendo no Sudão e exortou as partes em conflito a cessarem as hostilidades e permitirem o acesso humanitário.
A Human Rights Watch alertou que civis correm o risco de sofrer crimes ainda mais atrozes se o mundo não agir com urgência. A organização pediu ao Conselho de Segurança da ONU e à União Europeia que imponham sanções aos líderes da RSF.
A comunidade internacional precisa intensificar seus esforços para proteger os civis e encontrar uma solução pacífica para o conflito no Sudão. A situação exige uma resposta urgente e coordenada para evitar uma catástrofe humanitária ainda maior.
- Mais de 460 mortos em ataque a hospital.
- Milhares de deslocados pela violência.
- Apelos por ajuda humanitária e sanções.