A Polícia Federal (PF) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um inquérito para investigar se Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, simulou sua entrada nos Estados Unidos no final de 2022. A suspeita surgiu após informações conflitantes sobre seu registro de entrada no país.
Entenda o Caso
Filipe Martins, que atuava como assessor para assuntos internacionais de Bolsonaro, é réu no STF em um processo relacionado a uma suposta trama golpista. A PF suspeita que ele possa ter usado prerrogativas diplomáticas para simular sua entrada nos EUA em 30 de dezembro de 2022, acompanhando o então presidente Bolsonaro.
O Que Diz a PF?
Segundo a PF, o registro de entrada de Filipe Martins nos Estados Unidos, ainda que indiciário, revela a possibilidade de que integrantes da organização criminosa, abusando dolosamente das prerrogativas diplomáticas, tenham se utilizado do procedimento migratório diferenciado relacionado a comitivas de chefes de Estado. A PF também alega que Martins e sua defesa têm usado o episódio para desacreditar as provas da investigação.
- Alegada simulação: Semelhança com a prática das milícias digitais.
- Estratégia: Desacreditar provas e autoridades.
- Pedido da PF: Investigação para apurar a possível simulação.
Contradição nos Registros
O pedido da PF ao STF foi motivado por uma nota do Departamento de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos, datada de 10 de outubro, que indicava que Filipe Martins não havia entrado no país. Essa contradição levantou suspeitas sobre a veracidade da entrada de Martins nos EUA e motivou o pedido de investigação.
O caso segue sob investigação do STF, e novas informações devem surgir à medida que o inquérito avança.