Um novo ataque hacker abalou o setor financeiro brasileiro. A fintech FictorPay foi alvo de criminosos cibernéticos que desviaram pelo menos R$ 26 milhões, expondo vulnerabilidades em seus sistemas e desafiando a segurança do Banco Central (BC).
Detalhes do Ataque
O ataque, que ocorreu no último domingo (19), explorou uma brecha no sistema de ERP (Enterprise Resource Planning) da FictorPay. Os hackers realizaram 282 transações via Pix para 271 contas laranjas, burlando os limites de transferência impostos pelo BC. A FictorPay, embora não participe diretamente do Pix, conecta-se ao sistema por meio de prestadores de serviços, o que levanta questões sobre a segurança da cadeia de pagamentos.
Resposta da FictorPay e Celcoin
Em nota, a FictorPay informou que está apurando a ocorrência com o apoio de especialistas em segurança da informação e colaborando com as autoridades. A Celcoin, prestadora de serviços da FictorPay, negou qualquer invasão ou comprometimento em sua infraestrutura, afirmando ter detectado uma movimentação atípica na conta de um cliente.
Impacto e Medidas do Banco Central
Este ataque é o mais recente de uma série de incidentes cibernéticos que têm afetado o mercado financeiro brasileiro. No primeiro semestre de 2025, o Brasil registrou mais de 550 mil ataques de negação de serviço distribuída (DDoS), um aumento significativo em relação ao ano anterior.
Em resposta a essa crescente ameaça, o Banco Central publicou a Resolução BCB nº 498, que estabelece novas diretrizes para provedores de serviços de tecnologia da informação (PSTI) que atuam no sistema financeiro nacional. A resolução visa aumentar a maturidade na gestão de riscos e responsabilizar diretores por incidentes de segurança cibernética.
O Futuro da Segurança Cibernética no Setor Financeiro
O ataque à FictorPay serve como um alerta para a necessidade de reforçar a segurança cibernética no setor financeiro. A implementação da Resolução BCB nº 498 e a adoção de medidas preventivas mais rigorosas são essenciais para proteger os dados e os ativos dos clientes e garantir a estabilidade do sistema financeiro brasileiro.