Um laudo recente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba apontou o despejo irregular de substâncias químicas como a principal causa da mortandade de peixes no trecho do rio que corta o Distrito Industrial de Juatuba, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A tragédia ambiental afetou a fauna aquática entre Betim e Esmeraldas.
Níveis Alarmantes de Amônia e Baixa Oxigenação
As análises da água revelaram níveis altíssimos de amônia e compostos nitrogenados, além de uma concentração perigosamente baixa de oxigênio. Essa combinação letal provocou um impacto devastador na vida dos peixes, levando à sua morte em massa.
Heleno Maia, presidente do Comitê, declarou que as investigações continuam em andamento para identificar a origem exata do despejo e responsabilizar os culpados por este crime ambiental. "Recebemos os laudos da necropsia dos peixes e das análises da água do Rio Paraopeba. Ficou definido que a contaminação que causou a mortandade dos peixes partiu do Distrito Industrial Renato Azeredo, em Juatuba", afirmou Maia.
Investigações em Curso e Próximos Passos
Segundo o Comitê, a causa da mortandade foi uma combinação de fatores, incluindo a redução da oxigenação da água e a elevada concentração de amônia e compostos nitrogenados. Os exames anatomopatológicos dos peixes revelaram hemorragias branquiais e em órgãos da cavidade celomática, confirmando a gravidade da contaminação.
- Fiscalização das empresas da região.
- Identificação das empresas que utilizam essas substâncias.
- Coleta de amostras e análise para determinar a fonte exata do despejo.
- Adoção de medidas punitivas contra os responsáveis pelo crime ambiental.
A expectativa é que as investigações avancem rapidamente para que os responsáveis sejam identificados e punidos, além de medidas preventivas serem implementadas para evitar que tragédias como essa se repitam no Rio Paraopeba e em outros rios da região.