O futuro do TikTok nos Estados Unidos tem sido tema de intensos debates e controvérsias, especialmente no que diz respeito ao envolvimento do ex-presidente Donald Trump. Longe de ser apenas um aplicativo de entretenimento, o TikTok se tornou um campo de batalha político e econômico, com potenciais implicações para a distribuição de riqueza e poder midiático.
O Plano Questionável para o TikTok
Em 2024, o Congresso americano ordenou que a empresa controladora do TikTok vendesse suas operações nos EUA, sob o risco de uma proibição. A administração Trump inicialmente adiou a aplicação da lei, mas em setembro, emitiu uma ordem executiva para colocar um plano em ação. Os detalhes desse plano, no entanto, permaneceram em grande parte obscuros, levantando sérias preocupações sobre a possível concentração de riqueza e poder nas mãos de um grupo seleto de aliados.
Questões Cruciais Sem Resposta
Diante do que está em jogo, surgem perguntas importantes que merecem respostas claras:
- Os compradores americanos do TikTok pagarão o preço justo de mercado?
- Por que o valor das operações do TikTok nos EUA foi definido tão baixo?
- Como a administração Trump está selecionando esses compradores?
Aparentemente, a Casa Branca avalia o negócio americano do TikTok em US$ 14 bilhões, um valor surpreendentemente baixo para uma operação de tecnologia em crescimento. Comparativamente, empresas como Alphabet (controladora do YouTube) e Meta (controladora do Instagram) são avaliadas em múltiplos muito maiores de sua receita anual. Investidores estimam que o TikTok nos EUA deveria valer cerca de US$ 40 bilhões, ou até mais.
Essa diferença de avaliação levanta suspeitas de que o TikTok esteja sendo subvalorizado, beneficiando os investidores que adquirirem a propriedade da plataforma. A maneira como a administração Trump está conduzindo a seleção desses compradores também gera preocupação, já que nomes como Rupert Murdoch, Larry Ellison e Michael Dell foram mencionados, sem um processo de licitação transparente.
O futuro do TikTok nos EUA permanece incerto, mas uma coisa é clara: as decisões tomadas agora terão um impacto significativo na distribuição de riqueza e poder midiático no país. É fundamental que haja transparência e escrutínio público para garantir que os interesses dos americanos sejam protegidos.