A situação da Oi se agrava a cada dia, com relatórios apontando para um colapso financeiro iminente. A empresa, em recuperação judicial, enfrenta uma grave crise de liquidez, levantando sérias dúvidas sobre sua capacidade de continuar operando. O mais recente relatório mensal da recuperação judicial da Oi, apresentado à 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, pinta um cenário sombrio para a operadora.
Crise de Liquidez e Intervenção Judicial
Segundo a análise da administração judicial, a Oi fechou setembro com apenas R$ 34 milhões em caixa, um valor considerado insuficiente para cobrir as despesas operacionais e obrigações. As projeções indicam um déficit de R$ 178 milhões já em outubro, o que compromete a sustentabilidade das operações. Diante do agravamento da crise, a Justiça determinou o afastamento da diretoria da companhia e a suspensão temporária das obrigações, nomeando gestores judiciais para conduzir a empresa.
Anatel em Ação para Garantir Serviços Essenciais
Preocupada com a continuidade dos serviços essenciais, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) está tomando medidas para mitigar os impactos de uma possível falência da Oi. A agência pode executar garantias de R$ 450 milhões atreladas ao acordo para migração da concessão de telefonia fixa (STFC) da Oi, caso seja necessário custear novas empresas que venham a assumir serviços como números de emergência (tridígitos), interconexão do STFC e o atendimento em localidades onde orelhões da Oi são a única opção de comunicação.
Garantias Financeiras e Busca por Soluções
O presidente da Anatel, Carlos Baigorri, afirmou que a agência está em contato direto com o interventor judicial da Oi e que as garantias financeiras permanecem depositadas em conta vinculada. A Anatel está buscando no mercado empresas que possam assumir as obrigações da Oi em troca dos R$ 450 milhões. No entanto, Baigorri considera pouco provável que uma solução seja encontrada ainda em outubro.
O futuro da Oi permanece incerto, mas a Anatel está trabalhando para garantir que os serviços essenciais de telecomunicações continuem a ser prestados à população, mesmo em caso de falência da empresa.