Febraban: Empresários e Banqueiros Unem Forças por Controle Fiscal no Brasil
Empresários e banqueiros brasileiros intensificaram a pressão sobre o governo em relação ao controle de gastos públicos. Durante evento recente do Grupo Esfera no Guarujá, líderes do setor financeiro e empresarial expressaram preocupação com o desequilíbrio fiscal e defenderam medidas para equilibrar as contas do país. A campanha "Essa conta é nossa" busca conscientizar a população sobre a importância de gerenciar os gastos públicos de forma eficiente.
Críticas ao Aumento do IOF e Apelos por Reforma
O aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) pelo governo gerou fortes críticas, reacendendo o debate sobre a necessidade urgente de controlar os gastos públicos. Nomes importantes do cenário econômico, como André Esteves (BTG Pactual) e Wesley Batista (J&F), manifestaram suas preocupações e defenderam a disciplina fiscal.
André Esteves destacou a crescente conscientização na sociedade sobre a necessidade de frear a expansão dos gastos públicos. Ele observou que, apesar dos programas de transferência de renda serem importantes, é crucial reintegrar trabalhadores ao mercado de trabalho formal, especialmente em um cenário de baixo desemprego.
Reformas Estruturantes e a Busca por Consenso
Milton Maluhy Filho, CEO do Itaú, ressaltou a importância de reformas estruturantes para destravar o orçamento e evitar que a dívida pública continue crescendo acima do Produto Interno Bruto (PIB). O setor financeiro estima que o endividamento do país cresça a um ritmo de 3% ao ano se medidas não forem tomadas.
A discussão sobre o controle de gastos públicos envolve temas como a revisão de incentivos fiscais e a reforma administrativa. Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados, enfatizou a necessidade de revisar as isenções fiscais e implementar medidas para modernizar a administração pública.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reunirá com líderes do Congresso para discutir alternativas ao aumento do IOF, incluindo a revisão de incentivos fiscais e a desvinculação dos pisos constitucionais para saúde e educação. A busca por um consenso em torno de reformas estruturantes é vista como uma oportunidade para equilibrar as contas públicas e garantir o crescimento sustentável do país.
- Controle de gastos públicos
- Reforma administrativa
- Revisão de incentivos fiscais