Starlink Vai Dominar Tudo? Teles Ameaçadas Por Satélites!

Starlink Vai Dominar Tudo? Teles Ameaçadas Por Satélites!

O cenário das telecomunicações está prestes a mudar drasticamente. No Congresso Latino-Americano de Satélites, o conselheiro da Anatel, Alexandre Freire, lançou um alerta: operadoras tradicionais de telefonia podem ser substituídas por empresas de satélites de baixa órbita, como a Starlink, que estão investindo pesado na aquisição de espectro.

A Ameaça Starlink e Outras Empresas

Freire citou o exemplo da SpaceX, controladora da Starlink, que já adquiriu frequências da EchoStar nos Estados Unidos. Ele adverte que outras empresas, incluindo as chinesas da SpaceSail, podem seguir o mesmo caminho, adquirindo faixas de espectro e, eventualmente, substituindo os serviços prestados pelas operadoras tradicionais.

"É uma zona de fronteira que as empresas devem analisar com muita seriedade, sob a pena de serem surpreendidas pela atuação impactante e até agressiva de empresas de tecnologia, que passariam a substituí-las", alertou Freire.

Marco Regulatório Urgente

O conselheiro da Anatel defende uma atualização urgente do marco regulatório para o setor de satélites. Segundo ele, o avanço tecnológico e as novas dinâmicas de mercado exigem respostas mais ágeis tanto do setor quanto do regulador. A revisão do marco normativo é crucial para permitir maior competitividade e sustentabilidade no segmento.

"Não podemos permitir que marcos regulatórios defasados inibam a inovação e o crescimento. A competição saudável é o motor para a oferta de serviços de qualidade e preços justos ao consumidor. Igualmente, a sustentabilidade deve ser um pilar central de qualquer nova regulamentação", afirmou Freire.

O Problema do Excesso de Satélites

Erika Rossetto, gerente de dinâmica orbital da Claro empresas, também alertou para outro problema crescente: o excesso de satélites na órbita da Terra. Com mais de 30 mil objetos catalogados, a maioria em baixa órbita e muitos pertencentes à Starlink, o risco de colisões e a complexidade do gerenciamento do espectro aumentam significativamente.

“Precisamos atuar de forma preventiva para que esse problema não fique incontrolável no futuro”, aconselhou Rossetto.

  • O excesso de satélites também pode atrapalhar as pesquisas científicas, dificultando a observação de astrônomos e cientistas.
  • A concentração da capacidade satelital em poucas mãos representa um risco econômico e estratégico.

O futuro das telecomunicações está no espaço, mas é preciso equilibrar inovação, regulamentação e sustentabilidade para garantir um setor competitivo e seguro.

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