A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) agitou o mercado ao anunciar a compra de 70% da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) por R$ 1,1 bilhão. A transação, que envolveu a Eletrobras e a Vórtx Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários, marca uma nova fase para a Sabesp e promete impactar o futuro do saneamento na Grande São Paulo e Baixada Santista.
O que a Sabesp pretende com a Emae?
A aquisição da Emae permitirá à Sabesp tratar até 7 mil litros de água por segundo, através da construção de novas Estações de Tratamento de Água (ETAs) nas represas Billings e Guarapiranga. As novas estações, previstas para o Jardim Shangrilá (Billings) e Jardim Ângela (Guarapiranga), aumentarão significativamente a capacidade de tratamento e distribuição de água na região metropolitana.
Projeto Billings: Um plano ambicioso
A Sabesp almeja ter a operação completa do Projeto Billings, um projeto de engenharia centenário que visa o uso dos rios Tietê e Pinheiros, além da represa Billings, tanto para o abastecimento de água quanto para a geração de energia elétrica na usina Henry Borden. Atualmente, a Emae é responsável por todo o sistema de bombas hidráulicas, a usina e a própria represa Billings.
Próximos passos e desafios
A efetivação do contrato depende da aprovação de agências reguladoras como o Cade, Aneel e Arsesp. A Sabesp estima que o processo dure cerca de 60 dias. Além disso, a construção das novas ETAs levará de 2 anos e meio a 3 anos após a obtenção das liberações necessárias.
Outras empresas também estão em destaque no mercado. O GPA (PCAR3) está com eleição do novo conselho agendada, a Braskem retirou US$ 1 bilhão de sua linha de crédito, e a Vibra (VBBR3) criou uma vice-presidência de lubrificantes.
A compra da Emae pela Sabesp representa um passo importante para garantir o abastecimento de água na Grande São Paulo e Baixada Santista, além de fortalecer a posição da Sabesp no mercado de saneamento.