O salário mínimo nacional para 2026 já está definido e promete impactar diretamente o bolso dos trabalhadores brasileiros. Em fevereiro, os trabalhadores receberam o novo valor de R$ 1.518,00, refletindo o reajuste em vigor desde janeiro. Apesar de o reajuste ter entrado em vigor em janeiro, o pagamento só ocorreu em fevereiro, pois os salários são pagos no mês seguinte ao período trabalhado.
O que significa o salário mínimo?
O salário mínimo representa o valor mais baixo que pode ser pago mensalmente a um trabalhador formal. Além disso, serve como referência para benefícios previdenciários, assistenciais e trabalhistas administrados pelo governo federal.
Aumento e a nova regra de cálculo
O novo valor representa um acréscimo de R$ 106, equivalente a um aumento de 7,5%, percentual superior à inflação acumulada. No entanto, o valor ficou abaixo do esperado devido ao pacote de ajuste fiscal aprovado no final de 2024.
Anteriormente, o piso nacional era corrigido com base no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acrescido da variação do PIB (Produto Interno Bruto). Com essa fórmula, o valor teria atingido R$ 1.525. A nova regra introduziu um limite adicional: o reajuste não pode ultrapassar 2,5% de aumento nas despesas públicas. Mesmo que o PIB registre um crescimento maior, a correção máxima aplicada será de 2,5%.
Impacto nas contas públicas
O aumento real do salário mínimo voltou ao debate, com um impacto previsto para o próximo ano de aproximadamente R$ 85 bilhões. Há uma crescente pressão para que o governo federal reveja essa política, visando a diminuição das despesas. Especialistas defendem que os efeitos positivos na economia superam os custos adicionais para a União.
O salário mínimo tem um impacto direto nas aposentadorias do INSS e em diversos benefícios sociais. Por isso, o governo busca evitar aumentos expressivos, a fim de controlar os reflexos no orçamento em um cenário de restrição fiscal. O debate sobre o aumento real do salário mínimo continua, com argumentos a favor e contra, em meio a um cenário de restrição fiscal e pressão sobre as contas públicas.