A investigação sobre a execução do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes, ocorrida em Praia Grande, litoral de São Paulo, ganha novos contornos. Um dos suspeitos, Umberto Alberto Gomes, foi identificado através de impressões digitais encontradas em uma residência em Mongaguá, supostamente utilizada pelos criminosos. No momento em que a polícia cumpria um mandado de busca e apreensão em sua residência na capital paulista, Umberto ligou para o irmão, sendo alertado pela própria filha, de apenas 14 anos, para não falar nada.
"Não fala nada, a polícia está aqui!", gritou a menina durante a ligação, conforme apurado pelo g1.
Identificação e Prisões
Até o momento, quatro suspeitos foram presos: Dahesly Oliveira Pires, Luiz Henrique Santos Batista (Fofão), Rafael Marcell Dias Simões (Jaguar) e Willian Silva Marques. Além de Umberto, outros três investigados foram identificados e estão foragidos: Felipe Avelino da Silva, Flávio Henrique Ferreira de Souza e Luiz Antonio Rodrigues de Miranda.
A participação de Rafael Marcell Dias Simões, o "Jaguar", como um dos atiradores, foi confirmada após análise do celular de Luiz, o "Fofão". Mensagens e dados extraídos do aparelho revelaram que Fofão ajudou Jaguar a fugir e indicaram sua participação direta na execução, segundo o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite.
PCC e o Grupo de Elite
O secretário Derrite também revelou que o Primeiro Comando da Capital (PCC) criou um grupo de elite chamado Restrita Tática, formado por criminosos treinados para realizar atentados contra autoridades. Segundo ele, esses integrantes passam por instruções específicas de uso de diferentes armamentos e já foram alvos de operações anteriores da polícia. A morte de Ruy Ferraz Fontes pode ter ligação com esse setor do crime organizado.
Defesa Nega Acusações
O advogado de defesa de Jaguar nega a acusação, afirmando que seu cliente possui como comprovar que não tem ligação alguma com o crime e que, no momento da execução, estava buscando sua filha na escola e trabalhando.
- Identificação de Umberto através de impressões digitais.
- Alerta da filha durante ligação telefônica.
- Confirmação da participação de "Jaguar" como atirador.
- Revelação do grupo de elite do PCC.
- Negação das acusações pela defesa de "Jaguar".
A investigação continua em andamento para identificar e prender todos os envolvidos na execução do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes.