Morre Assata Shakur, Ícone da Luta Negra, aos 78 Anos em Cuba!

Morre Assata Shakur, Ícone da Luta Negra, aos 78 Anos em Cuba!

Assata Shakur, figura emblemática do Black Liberation Army (BLA) e ativista pelos direitos civis, faleceu em Cuba aos 78 anos, conforme anunciado por autoridades cubanas na sexta-feira. Conhecida também como Joanne Chesimard, Shakur havia sido condenada pelo assassinato de um policial rodoviário em Nova Jersey em 1973.

Após escapar da prisão em 1979 com a ajuda de outros membros do BLA, Assata buscou asilo em Cuba, onde Fidel Castro a acolheu. Sua condenação e subsequente fuga a mantiveram na lista dos mais procurados da Polícia Estadual de Nova Jersey por décadas. O governo de Nova Jersey tentou, sem sucesso, extraditar Shakur de Cuba.

O Ministério das Relações Exteriores de Cuba informou que a ativista faleceu em Havana devido a complicações de saúde e idade avançada.

O Incidente na New Jersey Turnpike

Em maio de 1973, Shakur e outros dois membros do BLA foram parados na New Jersey Turnpike pelos policiais Werner Foerster e outro oficial. Durante uma confrontação, um tiroteio resultou na morte de Foerster e um dos passageiros do carro. Foerster tinha 34 anos e deixou esposa e um filho pequeno.

Shakur foi ferida no tiroteio e presa, sendo posteriormente condenada por assassinato em primeiro grau.

Legado e Reflexões

A história de Assata Shakur transcende os fatos de um caso criminal. Suas palavras e ações inspiraram gerações de ativistas e defensores dos direitos humanos. Sua busca por liberdade e justiça, mesmo em exílio, continua a ressoar em movimentos sociais ao redor do mundo.

A frase "É nosso dever lutar pela nossa liberdade. É nosso dever vencer. Devemos amar-nos e apoiar-nos mutuamente. Não temos nada a perder senão as nossas correntes", tornou-se um mantra de resistência e solidariedade.

Sua crítica à educação, com a afirmação "Ninguém vai te dar a educação que você precisa para derrubá-los", destaca a importância do autoestudo e do conhecimento comunitário na luta pela libertação.

Assata Shakur defendia uma revolução da mente, onde o amor e a compaixão desempenhassem um papel central. Seu legado permanece como um farol de esperança e inspiração para aqueles que buscam um mundo mais justo e igualitário.

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