A polícia do Rio de Janeiro deflagrou a "Operação Blasfêmia" para desmantelar um esquema de estelionato religioso que explorava a fé das pessoas através de telemarketing. O grupo criminoso, liderado por Luiz Henrique dos Santos Ferreira, conhecido como "profeta Henrique Santini" e com milhões de seguidores nas redes sociais, simulava atendimentos religiosos e cobrava por promessas de curas e milagres.
Como Funcionava o Golpe da Fé?
O "golpe da prosperidade" era propagado por meio de discursos gravados, explorando a fé de vítimas com a "carteira vazia e a conta zerada". O profeta prometia orações para "repreender o devorador" e liberar abundância, transformando o "impossível" em possível.
A investigação revelou que dezenas de atendentes, contratados por meio de anúncios online e sem vínculo religioso, eram treinados para se passarem por líderes religiosos e venderem "orações" por valores que variavam entre R$20 e R$1.500. Os valores eram transferidos via Pix para contas de terceiros, dificultando o rastreamento do dinheiro.
A Estrutura do Telemarketing Religioso
A quadrilha utilizava uma estrutura de telemarketing profissional em Niterói e São Gonçalo, com atendentes orientados a usar áudios pré-gravados e prometer curas e milagres mediante pagamento. Aqueles que não atingiam as metas de vendas eram dispensados.
- Falsas Promessas: Promessas de curas, milagres e prosperidade mediante pagamento.
- Telemarketing Religioso: Utilização de centrais de telemarketing para abordar vítimas.
- Enganação Financeira: Cobrança por "orações" e direcionamento do dinheiro para contas de terceiros.
A operação demonstra a importância de estar atento a promessas fáceis e desconfiar de ofertas de milagres e prosperidade que envolvam pagamentos. A fé é um valor importante, mas não deve ser explorada para fins financeiros.