Referendo na Itália sobre Cidadania Fracassa Devido à Abstenção

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Um referendo crucial na Itália, que visava alterar as leis de cidadania e direitos trabalhistas, fracassou devido à baixa participação eleitoral. A votação, realizada nos dias 8 e 9 de junho de 2025, não atingiu o quórum necessário de 50% dos eleitores, invalidando os resultados e representando uma vitória para a premiê Giorgia Meloni e sua coalizão.

Propostas em Votação

O referendo propunha reduzir o tempo de residência legal necessário para imigrantes solicitarem a cidadania italiana de dez para cinco anos. Essa mudança beneficiaria cerca de 2,3 milhões de pessoas, incluindo filhos de estrangeiros nascidos na Itália. Além disso, visava alinhar a legislação italiana com as normas de outros países europeus, promovendo a integração social e o acesso a direitos civis e políticos.

Abstenção e Boicote

A baixa participação foi amplamente atribuída a um apelo à abstenção feito pelo governo de Giorgia Meloni. A premiê compareceu à votação, mas optou por não depositar seu voto, um gesto criticado pela oposição como antidemocrático. Partidos da coalizão governista comemoraram o fracasso do referendo, argumentando que a iniciativa tinha como objetivo derrubar o governo.

Reações e Consequências

Apesar do apoio de centrais sindicais, partidos de oposição de esquerda e mais de 637 mil assinaturas coletadas, a abstenção prevaleceu. Riccardo Magi, membro do Parlamento do partido +Europa, liderou a campanha pelo referendo, mas o resultado final demonstra a polarização política e a dificuldade em promover mudanças significativas na legislação italiana em relação à cidadania e direitos trabalhistas. O fracasso do referendo mantém as leis de cidadania inalteradas, com o tempo de espera de dez anos para a solicitação.

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